Máximo Kirchner revelou por que nunca ocupou um cargo executivo: "Havia outras tarefas a fazer."

O deputado nacional do partido União pela Pátria (UxP), Máximo Kirchner, revelou por que nunca buscou um cargo executivo como seu pai e sua mãe, que foram presidentes da República Argentina e, anteriormente, estiveram à frente da província de Santa Cruz e mais recentemente da prefeitura de Río Gallegos , dentro de sua extensa trajetória política.

" Nunca me foi oferecido ", admitiu o filho da ex-presidente Cristina Kirchner , a quem foi perguntado precisamente: "Por que você não fez algo parecido com o que seu pai fez, que era prefeito? Não estou dizendo que você não lida com essas questões, mas como governador de Santa Cruz, você obviamente tem experiência", questionou Daniel Tognetti ao Canal Red Latinoamérica.

Sobre isso, Máximo Kirchner respondeu: "Houve momentos em que isso foi imaginado, mas havia outras tarefas a serem feitas , e isso foi decidido pela liderança, Cristina . Quando alguém diz: 'Nossa intenção seria fazer isso ou aquilo, mesmo que percamos a primeira eleição, temos capacidade para fazer isso, isso e isso', e então há responsabilidades na conjuntura política geral", indicou.

No entanto, ele revelou que recebeu a oportunidade de trabalhar ao lado de Sergio Massa no governo de Alberto Fernández. "Em algum momento , Sergio, quando ocorreu a mudança no Ministério da Economia, me falou sobre a possibilidade de alguém entrar, e eu disse a ele: 'Olha, acabei de sair da liderança do bloco; não adiantaria muito entrar no ministério. Vou ajudar daqui'", admitiu.

Continuando a entrevista, o vice-presidente do Partido Justicialista (PJ) de Buenos Aires criticou o chefe de Estado. "Ele é o presidente e sempre esteve no centro de gravidade de um país. É um produto que foi sendo gerado ao longo do tempo; é como o estágio mais alto do macrismo ou da direita argentina . Quanto à forma como as coisas são feitas, para Cristina, com 1,3% do que o presidente faz ou diz, o mundo desabaria ou haveria panelaços", afirmou.

"Faz parte de um processo corrosivo pelo qual a sociedade argentina está passando. Talvez, se ele fosse um presidente mais dramático e lidasse bem com a situação, também se sentiria confortável com o perigo que advém de um determinado comportamento. O que antes parecia bom e engraçado, quando a economia não responde como esperado pela sociedade como um todo, volta com a força de um tsunami", alertou o líder kirchnerista.